Caminho por essas calçadas,
ouvindo sua voz doce em meus ouvidos,
mas você não está aqui.
Nunca esteve.
Sento-me de baixo de uma arvore,
e busco um porquê para tudo isso,
que me machuca, me despedaça,
mas não há.
Nunca houve.
Reuno meus pedaços
e volto a caminhar sem rumo,
imersa em minhas dores.
Sem você.
Sem porquê.
Vou, apenas vou, em busca...
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5 comentários:
a pior dor do mundo é sofrer por aquilo que nunca existiu.
Não gosto de comentar remetendo a terceiros, mas neste caso, vale a exceção porque muito me trouxe a memória de uma canção de Dona Ivone Lara, muito linda (chamada "Um Grande Sonho"), que diz, num trecho: "(...) Mil contratempos que trazem o sofrimento, a esperança, a paz e a insegurança. Acreditar com força no pensamento e caminhar... e sempre caminhar(...)" e, além disso, Nietzsche, quando diz que o bom do homem é ser uma ponte e nunca um ponto final! Enfim, não gosto de comentar assim porque fica a impressão de que estou subordinando o seu texto à minha leitura dessas referências de Dona Ivone Lara e do Nietzsche, mas não. São coisas que vieram juntas, mesmo, sem antes nem porquês como o poema diz. Sem contar que essa questão da busca, do caminho e do ser em movimento sempre me agrada bastante, desde que impregnado de um mínimo de boa sensibilidade, obviamente!
Estava te devendo um comentário decente, não estava? Você apareceu lá no meu blog do nada e até agora eu não faço ideia de onde e como você surgiu... boa surpresa. Obrigado!
Faço minhas as palavras da Fernanda.
A pior dor do mundo é sofrer por aquilo que nunca existiu.
É como doi..e como parece não ter fim..
As vezes eu acho que toda essa minha busca por POR quês ,nunca vai ter fim,de nada vale..=x
Legal!!! Legal demais esse.
Gostei da última estrofe e de toda a idéia do texto. Da procura incansável por algo inalcançável!
Parabéns
e continue caminhando, logo estará tudo reconstruído... e vc não precisará mais se preocupar com essa falta...
bjosss!
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