Frações de mim - O nada de mim
sábado, 28 de março de 2009 by Gê
ouvindo sua voz doce em meus ouvidos,
mas você não está aqui.
Nunca esteve.
Sento-me de baixo de uma arvore,
e busco um porquê para tudo isso,
que me machuca, me despedaça,
mas não há.
Nunca houve.
Reuno meus pedaços
e volto a caminhar sem rumo,
imersa em minhas dores.
Sem você.
Sem porquê.
Vou, apenas vou, em busca...
Frações de mim - A dor do vazio
sábado, 21 de março de 2009 by Gê
e não há nada que me ofereça suporte,
me sinto fraca, desprotegida,
e por dentro um enorme vazio
que só faz transparecer meus tormentos.
Não sei nem mais o que quero,
nem onde estou, nem mais o que estou fazendo.
Vou buscando a luz no caminho,
que possa me guiar até algo.
Permaneço no vazio, transparencia,
não enxergo, pois não há o que ver,
estou presa no vazio de mim mesma,
lutando contra tudo embusca de vida.
Cortante vazio, que me desespera.
No fim
sábado, 14 de março de 2009 by Gê
No fim tudo acabou se encaixando.
Não exatamente da forma que eu deseja, mas eu sempre soube que as coisas não acontecem da forma esperada.
Tudo se resolveu, mas isso não é sinônimo de felicidade, pois você sabe bem que eu não queria que as coisas se resolvessem, não desse modo.
Agora estamos sós, unicamente com nossos medos, nossas mágoas, nossas angustias... Agora eu não tenho mais o seu amor pra me proteger, agora eu já não te dou mais o amor que te fazia acreditar em si mesmo.
Não temos mais ninguém, não temos nem mais um ao outro, mas foi melhor assim, só assim poderemos ser felizes um dia.
Mas eu te levo comigo, e acredito que você me leve junto de ti também e ao menos para mim, as lembranças irão bastar, servirão de consolo.
No fim, tudo ficou como realmente deveria ser.
No fim, isso nunca terá um fim.
Ah saudade...
domingo, 1 de março de 2009 by Gê
Ah saudade,
você chega de repente e me deixa assim,
quieta pelos cantos,
a recordar tão bons momentos,
tão lindos planos.
Saudade,
tão incontrolável você é,
quando vem acerte em cheio,
naquelas feridas que há muito eu venho tentando curar.
Ah saudade,
de jeito nenhum te culpo por essas dores que sinto,
mas parece que você sempre tenta intensamente,
manter viva as minhas dores.
Minha saudade,
já que chegou fique,
abra de vez minhas feridas,
e me faça recordar.